Quando a decisão for pela contratação, é sempre bom lembrar: pessoas são mais do que seus currículos. Um currículo impressionante nem sempre significa uma contratação certeira. Além de resultar em contratações mal sucedidas, um processo seletivo que valoriza currículos pode preterir talentos. Contrate potencial, atitude, aptidão, integridade.
Quando falamos em disputa por talentos, é importante olhar para dentro antes de olhar para fora: como empresas e como profissionais, estamos dispostas e preparadas para as mudanças necessárias?
Superando a inércia
Falamos muito sobre as mudanças que o mercado impõe, sobre a necessidade de transformação. A verdade é que é bem mais fácil falar sobre mudança do que assumir a necessidade de mudar.
Ainda mais desafiador é entender os porquês.
Para Sriram Narayan, Vice-Presidente de Advisory na Thoughtworks, a inércia nos negócios pode se apresentar de várias formas. Frequentemente, não sentimos necessidade de mudar porque não avaliamos o impacto real das iniciativas atualmente em curso.
Estamos olhando para as métricas certas? Quais problemas estamos resolvendo? Quais são os benefícios gerados pelas iniciativas sendo desenvolvidas? Como eles se conectam com a estratégia?
Uma auditoria de benefícios reais gerados por iniciativas recém-concluídas e a incorporação de ciclos de feedback para iniciativas em desenvolvimento pode nos mostrar que, na verdade, não estamos resolvendo os problemas que precisamos resolver.
Entender a necessidade da mudança é apenas um primeiro passo. Colocar em prática um processo de transformação nunca é simples. E esse é outro fator que mantém as empresas em estado de inércia.
A inércia, na física, é descrita como a resistência de um corpo em estado de repouso a uma força de aceleração. A metáfora funciona muito bem quando pensamos no mercado como força de aceleração. Eventualmente essa força provoca uma mudança de velocidade ou uma deformação no corpo inerte.
Se optamos por esperar até que o mercado nos impulsione pode ser tarde demais para uma reação.