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Desafios do Rails Girls Montevidéu

Desde 2011 o Rails Girls está empoderando mulheres em muitas cidades ao redor do mundo. Cada evento tem suas particularidades e experiências a serem compartilhadas, experiências valiosas para motivar mais pessoas a participar e criar interesse por justiça de gênero e por mudar a cara do mercado de TI com inclusão e diversidade. Nessa oportunidade , foi a vez de Montevidéu.

Minhas colegas Tania Silva, Leticia Figueredo e eu, participamos do Rails de Porto Alegre e trocamos algumas ideias com desenvolvedores do Uruguai. Foi aí que as coisas começaram a acontecer … Quando a gente se reuniu para discutir nossas ideias, percebemos que tínhamos uma excelente oportunidade de fazer o Rails Girls junto antes  da RubyConf Uruguai, a conferência regional de Ruby, que permitiria juntar pessoas de muitos lugares, querendo ajudar e participar.

Neo Company foi nosso parceiro, e como tal, ajudou a divulgar o evento juntamente com RubyConf e RubySur. No final, conseguimos quase 100 inscrições. Foram boas e más noticias, já que, por conta do espaço e a dedicação que queríamos oferecer só podíamos atender 25 meninas. Mas ficamos muito felizes pela recepção do evento.

Tivemos mentores de diferentes partes de América do Sul, incluyendo o Uruguai,  Argentina e Brasil. Mais de 50% eram mulheres, o que enfatizou o exemplo positivo que queríamos passar ás meninas.

No primeiro dia do evento tivemos breves palestras de meninas compartilhando suas experiências trabalhando com IT, suas motivações e desafios no dia a dia. É sempre muito valioso mostrar exemplos femininos! Lucia Escanellas, desenvolvedora da Neo, fez uma apresentação para desmitificar  IT, Veronica Rebagliati, organizadora do RubyConf compartilhou sua paixão pelo seu trabalho com tecnologia. Sybile Gilcher, ex-programadora, falou sobre sua carreira e a experiência de programar com cartões perfurados.

O dia terminou com os computadores das meninas sendo configurados para ficarem prontos para brincar com Ruby no segundo dia.

No segundo dia, iniciamos com uma introdução de Ruby on Rails e depois as meninas formaram times para trabalhar e criar uma aplicação web. As participantes tinhan diferentes contextos: algumas estavam na escola, outras estavam iniciando na universidade ou  trabalhando em outras áreas.  

Algumas lições foram aprendidas a partir de eventos passados​​ e tentamos aplicá-las. Por exemplo, no momento da inscrição, perguntamos para as meninas sobre seu nível de conhecimento técnico, formação e área de trabalho ou estudo. Isso ajudou a definir os grupos, o ritmo de trabalho e os treinadores necessários. As meninas criaram aplicações com a ajuda dos mentores,  cada grupo tinha pelo menos dois mentores para que eles pudessem apoiar uns aos outros e trabalhar com as meninas.

No final do segundo dia, as meninas fizeram apresentações das aplicação criadas. Não há nada como ver a felicidade das meninas compartilhando o que aprenderam e sabendo que elas podem fazer isso!

Nossos desafios

Tivemos o desafio de organizar o evento remotamente, no entanto, a tecnologia foi a nossa campeã. O Trello funcionou muito bom para gerenciar as tarefas de organização, Google groups e Google hangouts fez o trabalho de manter a comunicação entre os organizadores. As redes sociais e listas de discussão das comunidades de tecnologia foram úteis para divulgar notícias sobre o evento. Na RubyConf, Leticia e eu fizemos uma breve palestra sobre a experiência de Rails Girls, para fazer os participantes saber o que estava acontecendo em Montevidéu e motivar-los a se juntar a nós.

Seguindo em frente, gostaríamos de ter mais conteúdo para iniciantes. As pessoas também trouxeram ideias como oficinas com matérias básicas de Ruby ou html. Houve alguns entusiastas recomendando outros frameworks como Sinatra ou Cuba.

Com esses aprendizados na manga, eu já estou ansiosa para a nossa próxima edição do Rails Girls!

Aviso: As afirmações e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade de quem o assina, e não necessariamente refletem as posições da Thoughtworks.

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