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Illustration of many figures, mostly women
Illustration of many figures, mostly women
Women at the table

Quem tem voz na mesa?

A organização Women at the table (W@TT) foi fundada para ajudar mais mulheres e grupos sub-representados a terem mais espaço e influência nas mesas de tomada de decisão. A W@TT trabalha para expor a exclusão sistemática das mulheres na definição das regras de governança global – identificando mudanças estratégicas em leis, regulamentos e normas para alcançar a igualdade de gênero e fortalecer a democracia. Esta é a história da nossa parceria.

Fóruns multilaterais, como conferências da ONU e eventos da COP, fornecem o espaço e a infraestrutura para decidir a direção e o impacto da comunidade internacional; tomar decisões que afetam toda a humanidade. Não é suficiente que mulheres e jovens apenas estejam presentes, ou mesmo falem na sala de conferências. Essas pessoas também devem ter uma influência genuína nos resultados.

 

Historicamente, mulheres e grupos sub-representados tiveram tempo limitado de fala em eventos multilaterais, muitas vezes apenas abordando temas semelhantes, contando histórias de experiências vividas ou em questões muito isoladas. Elas não estiveram historicamente envolvidas no desenvolvimento de soluções que as afetassem diretamente ou à comunidade global mais ampla.

 

A gênese do Gender-app

 

Caitlin Kraft-Buchman, fundadora e CEO da W@TT, procurou a Thoughtworks com um desafio específico: medir e reportar quem tem voz e que ganha atenção em eventos que transformam o mundo.

 

A oportunidade de trabalhar na interseção de capacitar grupos sub-representados em fóruns mundiais e usar IA e ML para desenhar uma imagem mais verdadeira de diversidade e inclusão foi emocionante.

Rebecca Parsons
Vimos muitos casos de viés de código de IA, muitas vezes sem intenção, mas com sérias consequências. Essa foi uma oportunidade de virar isso de cabeça para baixo e usar a IA para descobrir o viés sistêmico e construir um caminho para uma representação mais igualitária no cenário mundial.
Rebecca Parsons
Chief Technology Officer, Thoughtworks
Vimos muitos casos de viés de código de IA, muitas vezes sem intenção, mas com sérias consequências. Essa foi uma oportunidade de virar isso de cabeça para baixo e usar a IA para descobrir o viés sistêmico e construir um caminho para uma representação mais igualitária no cenário mundial.
Rebecca Parsons
Chief Technology Officer, Thoughtworks

Reunimos uma equipe dedicada e pro-bono que projetou e construiu o aplicativo Gender gap (G-app), trabalhando em estreita colaboração com a equipe de Kraft-Buchman, para fazer um piloto no Fórum de Paz de Paris.

 

A ferramenta compreende o processamento de dois conjuntos de dados, um mecanismo de visualização e um algoritmo de modelagem de tópicos. As informações e transcrições (anônimas), de discursos formais e discussões na câmara, foram processadas e combinadas com os tópicos da conferência, gerados pelo algoritmo. O componente de correspondência de tópicos foi fundamental para fornecer uma visualização da amplitude e especificidades de voz e influência, em vez de apenas alocação de tempo grosseira. É crucial saber, por exemplo, se as mulheres estão falando sobre violência de gênero, mas não têm voz quando a pobreza alimentar, as mudanças climáticas ou as finanças estão em pauta.

 

O gráfico a seguir mostra o resumo da distribuição de gênero de um dos eventos piloto, uma conferência global de ciência e tecnologia.

Uma abordagem responsável

 

Para ser inclusiva, a tecnologia não deve exigir treinamento específico para entender como está funcionando – os sujeitos da tecnologia devem ser capazes de entender como seus dados estão sendo usados, o que está sendo aprendido e como as decisões estão sendo tomadas sobre eles, ou que irão afetá-los. Portanto, o algoritmo G-app foi projetado para ser completamente explicável.

 

O G-app é de código aberto e está disponível gratuitamente para garantir que qualquer organização dedicada a medir e fazer mudanças reais possa acessar essa poderosa ferramenta de visualização de dados e avançar para analisar quem fala e quem tem atenção em seu ambiente de conferência.

Resultados e influência

 

A Women at the table beta testou o G-app em várias Assembleias da União Interparlamentar e na Comissão de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento, bem como o piloto no Fórum de Paz de Paris. Os indicadores iniciais mostraram que, embora a representação possa estar próxima da paridade (40% feminino-60% masculino), o tempo de uso da palavra reflete um sério desequilíbrio (20% feminino-80% masculino) nas mesas críticas de tomada de decisão.

 

Agora que esse desequilíbrio pode ser medido, existe uma oportunidade real de mudança. À medida que entendemos esses pontos de dados, os organizadores podem aprender como incluir genuinamente mais ideias e vozes, ajudando-os a ter influência em suas mesas de tomada de decisão.

 

A Women at the table tem uma visão ampla para o G-App. A esperança é que todas as organizações da ONU o utilizem nos próximos anos e, além disso, possa ser usado em mesas de negociações de paz e implementado em parlamentos para fornecer transparência no processo democrático. Pode até ser usado em mesas de tecnologia também.

Caitlin Kraft Buchman
Sabemos que a inclusão traz resiliência, traz robustez, traz força, seja em uma palestra ou em uma mesa de direção de tecnologia quando você está desenvolvendo um produto. Tudo isso se relaciona com a qualidade da nossa democracia, a qualidade da inclusão, a igualdade de oportunidades.
Caitlin Kraft Buchman
Founder e CEO, Women at the table
Sabemos que a inclusão traz resiliência, traz robustez, traz força, seja em uma palestra ou em uma mesa de direção de tecnologia quando você está desenvolvendo um produto. Tudo isso se relaciona com a qualidade da nossa democracia, a qualidade da inclusão, a igualdade de oportunidades.
Caitlin Kraft Buchman
Founder e CEO, Women at the table

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