Eu tento evitar que meus filhos assistam filmes de super heróis em casa. Como mãe, sempre me preocupo com a mensagem que essas histórias podem transmitir para uma criança de 4 anos. É fácil para as crianças pequenas criarem essa ideia que superpoderes são necessários para encarar grandes desafios. Que elas precisam lutar ou serem violentas para superar situações difíceis. Eu tendo a acreditar que, para promover mudança positiva,nós temos que ser destemidas, às vezes até mesmo quebrar regras, mas nunca violentas, e muito menos precisamos ter "superpoderes".
O que eu realmente acredito é que a liderança é um caminho para promover essas grandes mudanças que super heróis sempre estão buscando. Mudanças que podem começar simples, em uma pequena comunidade ou em um time que fazemos parte, e depois crescer, e impactar as pessoas que estão ao nosso redor. Eu aprendi que ser uma pessoa que apoia outras a se desenvolverem e evoluírem é um superpoder que toda mãe tem, e isso pode ajudar as pessoas a alcançarem objetivos incríveis.
Empatia é necessária
Criar meus filhos me provou que as competências que preciso para guiá-los, à medida que eles crescem, são habilidades que qualquer líder se beneficiaria. Jacinda Arden, mãe e ex-Primeira Ministra da Nova Zelândia, disse uma vez: "Liderança não é sobre necessariamente ser a pessoa mais barulhenta da sala, mas ser a ponte, ou o que está faltando na discussão e tentar um consenso a partir daí".
Como mãe, eu tento construir pontes todos os dias em minha casa para alcançar a harmonia entre as pessoas da minha família (Jacinda é uma inspiração para mim). Com isso, eu aprendi que empatia precisa estar no centro do que faço. Como posso ajudar meus filhos a lidarem com suas emoções sem me conectar com eles? Como é possível liderar outras pessoas sem realmente entendê-las?
Sendo uma líder em minha organização, eu sei que, em alguns momentos, a ação mais importante do meu dia é me conectar com alguém que está passando por um momento difícil ou verificar as necessidades e preocupações que minhas colegas possam ter.
Você irá falhar
Eu também aprendi que, para ser uma boa líder, eu preciso estar bem com minhas falhas e aceitar que eu não tenho controle sobre todas as coisas que acontecem ao meu redor.
Quando eu me tornei mãe, eu rapidamente aprendi que tentar controlar o que é incontrolável é uma perda de tempo. Você tenta, às vezes você tem sucesso, e na maioria das vezes, você falha.
Na Thoughtworks, nós sempre temos espaço para aprendermos pelas nossas falhas, e precisamos tirar vantagem disso para que possamos sermos gentis quando outras pessoas também falham. Isso irá nos tornar mais adaptáveis às constantes mudanças, além de melhores líderes e colegas.
Está tudo bem ficar nervosa, desde que você use isso de uma boa forma!
Algo que nunca mencionaram para mim (e eu só descobri depois que gritei com um menino de 1 ano quando ele não queria dormir) é que a maternidade irá colocar as cuidadoras frente a frente com o sentimento mais difícil de lidar: a raiva. E só porque eu estive aberta para questionar minhas crenças e entender meus gatilhos, é que eu consegui entrar em um novo mundo onde a minha raiva se tornou energia, respeito, paciência e bondade.
E isso pode ser combustível para qualquer líder que queira inspirar outras pessoas. Estar bem com sua raiva e não evitar senti-la. Usá-la para promover as mudanças que você está buscando.
Levante-se e inspire outras pessoas!
Sim, eu sou uma mãe e, hoje, sou a melhor líder que poderia ser. Eu espero que durante a minha jornada como liderança na Thoughtworks e além, eu possa inspirar outras mães a se levantarem e continuarem construindo pontes em todo o mundo, onde quer que elas estejam.
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