Esta é a segunda de duas partes de uma série que explora o imperativo da modernização de aplicações. Leia a primeira parte aqui.
A transformação digital entrou em uma nova era, na qual a TI evolui de orientação a processos para orientação a dados. Usar dados, experimentação e telemetria para construir estratégias e impulsionar a inovação tornou-se uma preocupação fundamental para todas as empresas.
A modernização de aplicações costuma ser vista como uma facilitadora crítica para se tornar um negócio digital. Mas acertar não é fácil. Organizações maduras devem considerar um grande "patrimônio" de sistemas interconectados, apresentando uma ampla gama, de coisas antigas a coisas novas, de código personalizado a pacotes encolhidos, criados internamente, terceirizados ou adquiridos com uma fornecedora.
De uma perspectiva de TI, a carga legada influencia cinco forças horizontais:
- Dados. A infraestrutura isolada em silos prejudica os esforços para visualizar os dados de forma holística. Os sistemas legados impedem que você se torne um negócio orientado por dados e atrapalham suas tentativas de se aproximar de clientes.
- Arquitetura e infraestrutura. O mundo de hoje exige disponibilidade constante, escalabilidade e resposta rápida às necessidades de clientes. Mas os sistemas legados costumam ser a antítese dessas características, comprometendo a experiência de uso. Os sistemas legados frequentemente implicam em custos crescentes e longos prazos de entrega — mesmo para tarefas comuns —, gerando frustração para os negócios.
- Governança e processos legados. As organizações do futuro entendem que os ciclos rápidos de feedback e a quebra de silos são essenciais para fornecer uma experiência holística a clientes com rapidez. As estruturas e procedimentos organizacionais legados geralmente funcionam em ciclos anuais lentos e são reativos em vez de proativos, obrigando a empresa a adivinhar como o mercado estará meses ou mesmo anos à frente.
- Nuvem. Há muito tempo está evidente que a nuvem — seja ela pública, privada ou híbrida — é a melhor plataforma de hospedagem moderna. As aplicações legadas raramente estão prontas para a nuvem, e uma abordagem simplista de migração pode criar dores de cabeça, já que a nuvem normalmente troca alta confiabilidade de servidores individuais por alta confiabilidade da plataforma como um todo. Para funcionar, as aplicações legadas devem ser atualizadas usando técnicas de “12 fatores” que levam em consideração essa compensação.
- Segurança. Todas as semanas, lemos uma nova história sobre violação ou perda de dados, e o público consumidor está cada vez mais atento à postura das empresas quanto à segurança. Embora os sistemas legados não sejam inerentemente menos seguros, aplicações difíceis ou caras de administrar podem ficar para trás nas correções e patches de segurança, expondo uma grande superfície de ataque para o mundo externo.
Mas atualizar e substituir sistemas não é novidade. Por que então existe tanto foco na modernização de aplicações hoje? Achamos que há dois motivos principais:
- Recursos orientados à tecnologia — especialmente aqueles orientados por nuvem, automação e como serviço — permitem que as empresas, experimentem, corrijam o curso e respondam aos sinais de demanda mais rapidamente. Freqüentemente, os sistemas legados carecem desses recursos e fazem a organização ficar para trás em relação ao estado da arte.
- A competição é acirrada, e agora não apenas para clientes: o mercado de talentos de tecnologia está em alta e tecnologistas podem escolher onde trabalhar. As organizações percebem que, ao modernizar seus sistemas, podem atrair talentos de primeira linha, bem como obter benefícios competitivos.
Tecnologia, pessoas e negócios não são elementos separados. Melhorar uma situação de tecnologia legada obriga você a reexaminar os processos de negócio e as estruturas organizacionais, bem como os sistemas técnicos.